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Todos nós nos envolvemos em relacionamentos com determinadas habilidades de comunicação. Algumas vão conduzir a formas saudáveis de nos relacionarmos que serão mutuamente satisfatórias e algumas não. Alguns relacionamentos vão durar uma vida e alguns vão levar a uma saída precoce.
A maioria das coisas que fazemos, nós fazemos sem realmente saber como podemos fazê-las. Nós as fazemos inconscientemente. Se você está lendo esse artigo, então, provavelmente, você é alguém que gostaria de melhorar as suas habilidades de comunicação. Mas antes de descrever como podemos melhorar nossos relacionamentos, eu gostaria de começar por descrever formas que prejudicam os relacionamentos, dos outros e nossos. Esse é um artigo “de como fazer”. Como destruir um potencialmente bom relacionamento ou, pelo menos, como manter um péssimo.
Regra 1: Culpe a outra pessoa pela maneira como você se sente.
Se você estiver chateado, diga à outra pessoa que é culpa dela você estar se sentindo mal. Nunca assuma a responsabilidade e nem admita que você representa alguma parte na interação. Agarre-se nos maus sentimentos pelo tempo que você puder e veja se pode fazer a outra pessoa se sentir culpada, de modo que você não seja o único a se sentir mal. Se enxergue como a vítima.
Se você é quem está sendo responsabilizado, sinta-se culpado e culpe a outra de volta.
Regra 2: Presuma que a outra pessoa saiba do que você precisa. E quando ficar evidente que ela não tem a menor ideia, fique furioso e comece a reclamar, acusando-a de não ser atenciosa, porque se ela realmente se importasse, ela deveria saber o que você precisa sem ter que perguntar.
Está certo comunicar o que você precisa, mas só nas explosões de raiva. Então, se a outra pessoa realmente reagir positivamente, não a deixe salvar-se da enrascada. Diga a ela: “Se você me amasse teria me dado o que eu queria, sem ter que perguntar”.
Se acontecer de você comunicar, inadvertidamente, o que precisa, direta e claramente, e ela não reagir na primeira vez, não diga a ela novamente. Pense consigo mesmo: “Eu não precisaria ter que dizer a ela mais de uma vez”.
Se você for o único sendo atacado, sinta-se culpado e fique na defensiva.
Regra 3: Ataque e exagere.
Sempre que a outra pessoa fizer algo que você não gosta, ponha o foco no comportamento “dela” e use palavras como sempre e nunca. Por exemplo: “Você está sempre reclamando” ou “Você nunca me escuta.” Se ela começar a se defender, diga: “Você está sempre na defensiva.” Evite ser específico e falar sobre os seus próprios sentimentos. Nunca diga coisas como: “Eu me sinto vulnerável” ou “Eu me sinto magoado”.
Uma alternativa ainda melhor é enfocar não no comportamento dela, mas sobre a identidade dela. Por exemplo: “Você é uma ignorante” ou “Você está louca”. Um dos favoritos é: “Você está se comportando exatamente como a sua mãe/pai.” Dessa forma, você pode, eventualmente, chegar a colocar toda a família dela. Se ela tentar isso em você, diga que ela está “projetando”.
Regra 4: Evite ser criticado.
Se você acha que a outra pessoa vai criticá-lo por algo que você fez, não diga nada a ela. Ou invente uma história. Proteja-se. Faça tudo o que puder para adiar a crítica (e o sentimento de culpa). A fim de fazer isso, você precisa se lembrar de acreditar que: “Evitar a crítica é muito melhor do que ser honesto ou digno de confiança”.
Regra 5: Não ratifique a outra pessoa.
Se você está tendo uma discussão, nunca ratifique a opinião da outra pessoa. Torne-a errada ou apenas fique em silêncio, faça caretas e balance a cabeça. Lembre-se que apenas um de vocês dois está certo. Se a outra pessoa tenta convencê-lo de que ambos têm pontos de vista legítimos, diga-lhe que ela está dizendo isso só porque ela não quer admitir estar errada.
Regra 6: Mantenha o foco sobre o problema, não na solução e lembre-se que o problema “é” a outra pessoa.
Sempre que você entrar em uma discussão, não ponha o foco nas soluções. Enfoque no problema. Traga a baila o maior número de situações passadas não resolvidas que você puder, as vezes em que ela fez algo errado, quando a culpa era dela. Enfoque em quem começou (que é sempre a outra pessoa). Tornar a outra errada é sempre mais importante do que encontrar uma solução. Ponha o foco no passado, não no futuro. E se você colocar o foco no futuro imagine que nada vai mudar.
E, claro, se ela estiver trazendo à baila todas as coisas que você fez de errado, essa é a sua deixa para fazer o mesmo.
Regra 7: Espere que os problemas vão desaparecer magicamente.
Nunca procure ajuda. Procurar ajuda é um sinal de fraqueza. Nunca vá a um psicoterapeuta, especialmente um psicoterapeuta com experiência em PNL. Não peça conselhos para outras pessoas e, se mesmo assim elas derem, sempre responda dizendo: “Sim, mas...” Diga a elas que você já tentou “de tudo”.
Regra 8: Faça aos outros o que você está com medo que eles façam contra você.
Sempre que possível faça antes do que eles tenham a chance de fazê-lo contra você. Contudo, se eles fizerem primeiro, se vingue.
Regra 9: Suponha intenções negativas.
Se a outra pessoa fizer algo que resulte em você se sentir mal, assuma que ela intencionalmente fez você se sentir mal e sinta-se justificado para prejudicá-la de volta.
Regra 10: Mantenha a contagem.
Mantenha o controle de quantas vezes ela fez algo errado, assim você terá munição para o seu próximo encontro. A maioria das pessoas consegue se lembrar dessas coisas e as têm prontas para quando for necessário. Se você não confia na sua memória, faça uma lista. Dessa forma você estará preparado para quando ela apontar uma de suas imperfeições.
Regra 11: Evite feedback.
Às vezes a outra pessoa vai perceber que vocês dois estão seguindo uma das regras acima e começa a sugerir maneiras em que ambos possam mudar para o positivo. Não dê ouvidos. Evite qualquer feedback.
Regra 12: Nunca, jamais mostre que você é vulnerável. É um sinal de fraqueza. Proteja-se e se defenda a todo custo. A melhor defesa é um bom ataque. Ofenda, ataque e recue. Lembre-se, é ganhar ou perder. Não há cenários de ganha-ganha.
Regra 13: Se você perceber que já está seguindo qualquer uma dessas regras, sinta-se culpado. Sinta-se muito culpado e culpe a si mesmo. Imagine que isso nunca vai mudar. Não pense em formas alternativas de se relacionar. E se por um acaso, você pensar em algumas maneiras saudáveis de se relacionar, não tente implementá-las. O seu relacionamento pode estar uma droga, mas sempre pode ficar pior. Pelo menos é normal.
Se você seguir essas regras, terá assegurado um péssimo relacionamento. Talvez você saiba de outras regras que também irão funcionar bem.
O artigo original "How to Build a Bad Relationship" encontra-se no site: nlptraining.com