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"Eu preciso falar!"
Elas têm algo para dizer – você tem algo para dizer. Você sabe que o que você tem para dizer é interessante e está impaciente para contar para elas. Elas também. Então cada um negocia pedaços do seu próprio "algo" e nenhum deles está ouvindo o outro.
É um fenômeno muito comum. E começa na forma de troca de ideias – isso é o que é a comunicação. E acontece muito nos relacionamentos – especialmente no final de um dia de trabalho.
Minha vez de falar?
Isso pode ser frustrante. Você está com todas essas ideias e sentimentos e deseja compartilhar com elas. Mas elas também têm coisas que querem compartilhar com você.
Sim, você pode tentar métodos mecânicos de modificação comportamental como cada um tendo 5 minutos para falar ou ter um "bastão da fala", mas isso só lhe dá um tempo para falar – mas não obtém a atenção das outras pessoas. Elas agora estarão à espera da sua vez de falar ao invés de lhe ouvir.
É verdade que algumas pessoas não estão interessadas nas outras. Elas simplesmente estão à procura de público – serve qualquer público. Há pouco interesse na tentativa de trocar ideias com elas. Muitas pessoas estão tão excitadas sobre o que têm a dizer que elas devem "por para fora" antes que possam ouvir.
Uma xícara de chá
Há uma história sobre um professor erudito que visitou um Mestre Zen para aprender sobre Zen. E, como eles costumavam fazer naqueles tempos, o Mestre fez chá. Então começou a despejar o chá na xícara do visitante. Ela encheu e começou a transbordar. E ele continuou despejando. "Pare", disse o professor, "a xícara já está cheia – não cabe mais nada!"
"Sim", disse o Mestre, "isso é como a sua mente. Está tão cheia das suas próprias ideias e opiniões que não tem espaço para nada novo."
O "arquivo" mental
As conversas com algumas pessoas são um pouco assim. Elas têm de "tirar isso do seu peito" antes que possam ser capazes de ouvir. Elas não são egoístas. Elas não estão desinteressadas sobre o que você tem a dizer. Elas simplesmente precisam de alguns instantes enquanto pensam em voz alta.
Sim, certo, às vezes, elas precisam muito de uns instantes, especialmente se for sobre algo que elas estão emocionadas – como "a situação no trabalho".
Quando elas estão excitadas, ou com raiva, ou confusas, ou preocupadas, elas estão com todas essas coisas acontecendo dentro delas – imagens, sentimentos e palavras. Seus pensamentos e emoções estão em um turbilhão.
Imagine um antigo armário de arquivos bem organizado com gavetas e seções para assuntos diferentes. A sua mente é um pouco como esse armário – mas depois que algumas crianças brincaram nele. Está tudo remexido. Não apenas isso, pois em algumas pessoas, o material remexido continua se mexendo, o que contribui para a falta de clareza.
Agora elas sabem intuitivamente que, se conseguirem por para fora – e por para fora em voz alta – essas "coisas" voltarão a ficar organizadas. Por isso para fora é a maneira delas pensarem sobre as coisas – e conseguir com que o armário, mais uma vez, fique impecável e organizado.
Espere!
Enquanto isso, você precisa esperar. Em relativo silêncio. Você não precisa aconselhá-las. Nem precisa fazer perguntas – além de esclarecer as coisas para si mesmo.
E você certamente não precisa dar conselhos!
E também não interromper.
Deixa-as colocar tudo para fora – elas estão organizando o arquivo delas por conta própria. E assim que tiverem as suas coisas ordenadas, vão relaxar e estarão satisfeitas e totalmente interessadas em ouvir o que você tem a dizer!
Mas isso não é justo
Sim, essa é a reação de algumas pessoas quando eu sugiro essa abordagem. E o problema que estão esquecendo é se elas querem ter razão ou ser feliz? Ter razão significa todas se comportando com correção, com lógica e sem emoção – e estabelecer "turnos" para falar e ouvir.
Ser feliz significa ter bom relacionamento com as pessoas e reconhecer os seus humores e necessidades. E, a partir da perspectiva da PNL, vale a pena, se isso significa usar nossos insights e a flexibilidade comportamental da PNL para desenvolver ótimos relacionamentos com as pessoas.
O artigo original "Let them offload first" encontra-se no site Pegasus NLP