Escolha a sua realidade e crie o seu futuro

Escrito por: 

Publicado em: 

seg, 23/01/2012

Todos nós formamos modelos mentais, em relação ao que acreditamos que seja real e o que não seja. Esses modelos estabelecem como as coisas devem ou não ser feitas e o que é possível ou não para nós. Para alguns, esses modelos mentais restringem severamente o nosso potencial, o nosso desfrute da vida e a nossa capacidade de nos relacionarmos com outras pessoas. Contudo, outros têm modelos mentais que fornecem todo tipo de oportunidades positivas. Chamamos esses modelos mentais de realidade e, muitas vezes, mesmo quando existe evidência significativa em contrário, nos damos conta constantemente desses sistemas.

Como surgiram esses modelos? À medida que crescemos, tentamos dar sentido ao mundo com base na nossa interpretação das nossas experiências, no que é dito por outras pessoas - particularmente aquelas que têm autoridade ou que nós respeitamos (pais, professores, líderes religiosos,...) - e no que dizemos para nós mesmos.

A interpretação das nossas experiências. Quando crianças, tomamos decisões que, de alguma forma, nos mantém seguros - evitam ou minimizam sermos abusados (física ou verbal) ou abandonados. E, muitas vezes, nós mesmos assumimos que fomos a causa de tudo que aconteceu - por exemplo, a morte prematura de nossos pais - e, ao fazermos isso, juramos, em nível inconsciente, nunca mais fazer isso de novo. Estabelecemos modelos mentais do mundo com a intenção de nos proteger de causar tais distúrbios no futuro. Como resultado nos colocamos como consequência de tudo que acontece e a caminho de nos tornarmos vítima. Quando crianças, esses modelos mentais podem nos servir bem. No entanto, alguns carregam esses modelos, que operam em um nível inconsciente, para a idade adulta e se perguntam por que obtém os resultados que obtém e por que não estão vivendo a vida que desejam.

O que nos é dito pelos outros. Geralmente, os pais ou outros adultos são bem-intencionados na disciplina ou no ensino das crianças. No entanto, os comportamentos que eles selecionam e as palavras que usam são, muitas vezes, inadequadas e quando interpretadas pelos olhos e ouvidos de uma criança têm um significado diferente. Considere o pai que quer desesperadamente ver o seu filho ser bem-sucedido e, por exemplo, diz para ele: "Se continuar agindo desta forma, você irá crescer e será um ninguém." Esse tipo de motivação pode satisfazer a necessidade dos pais, porém a criança pode ouvir e começar a desenvolver um modelo mental tipo "eu não sou bom." Um estudo recente realizado por pesquisadores da Universidade de Iowa descobriu que em uma família típica com crianças de 2 a 8 anos, a proporção de comentários negativos em relação aos positivos falados pelos pais aos seus filhos era de treze para um. Ou seja, para cada comentário positivo, o filho ouvia treze comentários negativos. Se você viveu nesse tipo de ambiente quando criança, que modelo mental você formou sobre si mesmo, sobre os outros e sobre o mundo a sua volta?

O que dizemos a nós mesmos. Nós estamos falando para nós mesmos o tempo todo - muitas vezes num nível inconsciente. Dizemos para nós como somos maravilhosos e, muitas vezes, como estragamos tudo. Para muitos de nós, os pensamentos negativos são muito, mas muito mais frequentes do que os pensamentos positivos. Embora cada pensamento por si só seja insignificante, esses pensamentos podem se acumular ao longo do tempo formando barreiras para aquilo que nós realmente queremos e desejamos na vida, tal como os insignificantes e pequenos pólipos de corais que se juntam para formar enormes recifes de coral.

Para superar esse condicionamento, precisamos nos tornar conscientes dos nossos modelos mentais e explorar as origens dos nossos pensamentos e das crenças e valores (que muitas vezes não são nossos, mas de outra pessoa) que assumimos durante a nossa infância. Comece prestando atenção nos seus pensamentos diários e nos julgamentos sobre si e sobre os outros. Ao fazer isso, fique curioso sobre as crenças e valores subjacentes a partir dos quais você está operando, especialmente a origem deles, e explore a possibilidade de que esses pensamentos, julgamentos, crenças e valores possam estar incorretos. Você também pode explorar a intenção positiva por trás dessas crenças e valores (segurança, por exemplo) e considere se a intenção positiva ainda é relevante (por exemplo, funcionou para você quando criança, mas não como adulto) ou se ela pode ser obtida de uma maneira diferente - uma maneira que ofereça menos efeitos colaterais negativos e mais benefícios positivos. No dia-a-dia, você pode querer experimentar novos comportamentos - não os impostos pelos seus pensamentos antigos - e perceber as mudanças que você pode fazer na sua interpretação do que é ou não é possível para você. Ao implementar novos comportamentos, nem sempre você será bem-sucedido. Nessas ocasiões, lembre-se das palavras de Thomas Alva Edison: "Eu não falhei. Eu só encontrei 10.000 maneiras que não funcionaram."

Roger Ellerton PhD é consultor certificado de administração, fundador e sócio gerente da Renewal Technologies. O artigo acima é baseado no seu livro "Live Your Dreams, Let Reality Catch Up: NLP and Common Sense for Coaches, Managers and You".

O artigo original, em inglês, Choose Your Reality and Create Your Future, está no site da Renewal Technologies

Tradução JVF, direitos da tradução reservados.

Categoria: