A noção de "estrutura profunda" da PNL é proveniente das teorias da Gramática Transformacional de Noan Chomsky. Segundo Chomsky, pensamentos e ideias que não estão relacionadas a nenhuma linguagem particular (estrutura profunda) podem ser expressas através de uma variedade de expressões linguísticas (expressão de superfície). Estruturas mais profundas alcançam a superfície após uma série de "transformações". Essas transformações atuam como um tipo de filtro nas estruturas profundas experimentais. De acordo com Grinder e Bandler em “A Estrutura da Magia”, o movimento da estrutura profunda para a estrutura de superfície envolve necessariamente o processo de deleção, generalização e distorção. Muitas pistas importantes sobre a estrutura profunda, no entanto, são expressas e refletidas na estrutura da superfície verbal.

Como exemplo da relação entre "estrutura profunda" e "estruturas de superfície", a maioria de nós aprendeu a escrever usando a mão direita ou a esquerda. No entanto, uma vez que a nossa mão aprendeu essa habilidade, ela pode ser imediatamente transferida para outras partes do corpo. Por exemplo, podemos facilmente escrever o nosso nome na areia com o dedão esquerdo do pé ou fazer letras segurando um lápis na boca, mesmo que a estrutura física dessas partes do nosso corpo seja completamente diferente. A estrutura profunda relacionada à forma das letras não está ligada a nenhuma parte específica do corpo. Ela pode ser generalizada para muitas estruturas de superfície.

A PNL ampliou o uso da noção de "estrutura profunda" e "estrutura de superfície" para incluir mais do que processos e representações linguísticas. A PNL considera a estrutura profunda como composta de experiências sensoriais e emocionais - ou "experiência primária". A PNL vê a linguagem como "experiência secundária" - isto é, a parte do nosso modelo de mundo que é proveniente da nossa experiência primária. O Metamodelo foi desenvolvido por Bandler e Grinder como um meio para trabalhar com a estrutura superficial da linguagem, a fim de ajudar as pessoas a enriquecer seu modelo de mundo, recuperando a estrutura mais profunda deles e reconectando-a com a experiência primária deles. De certa forma, todas as técnicas de PNL são uma tentativa de criar melhores links e caminhos entre as estruturas de superfície e a estrutura profunda.

A noção de Níveis Neurológicos é uma outra maneira de organizar a relação entre a estrutura de superfície e as estruturas mais profundas. Cada um dos níveis (ambiente, comportamento, capacidades, crenças, valores e identidade) é considerado sucessivamente estruturas mais profundas do que os níveis abaixo deles. Nossas percepções e interações com o meio ambiente são a parte da nossa experiência mais próxima da "superfície". Coordenar e gerenciar o comportamento requer a mobilização de estruturas mais profundas em nossa neurologia. As nossas capacidades organizam e coordenam nossos comportamentos, envolvendo processos menos concretos, porém mais profundos. Crenças e valores são os fundamentos das nossas capacidades e comportamentos. Eles são mais difíceis de expressar clara e especificamente na superfície, mas eles nos influenciam no nível mais profundo. A identidade é um conjunto muito profundo de relacionamentos que podem ser melhor descritos como uma "função", análoga às equações usadas para criar um fractal matemático.

Semelhante às ideias de Chomsky sobre a linguagem, a estrutura profunda da nossa identidade chega à superfície através de uma série de transformações que se movem através de valores, crenças, capacidades e, finalmente, ações comportamentais no mundo. Essas transformações também estão sujeitas a deleções, generalizações e distorções. Essas deleções, generalizações e distorções são o foco de várias técnicas e modelos de PNL.

Para mais informações use a pesquisa interna: Estrutura Profunda