Existe uma série de fatores comportamentais que desmotivam os funcionários em qualquer organização. Se quisermos entender o que desmotiva os nossos funcionários, temos que entender completamente quais as necessidades e as características humanas que fazem a nossa "atividade motivacional" e que comportamento na organização afeta a ideia do que chamamos de "motivação". Neste artigo, vamos definir as características humanas que o termo "motivação" define e também o comportamento das empresas que afeta essas características de uma forma positiva ou negativa. Existem dois incentivos principais para as pessoas. É a necessidade para: 1) alcançar o sucesso e 2) a necessidade de pertencer a alguma coisa. Todas as pessoas querem experimentar a sensação de valor ou de utilidade.

As pessoas são motivadas pela contribuição que podem trazer ou pelo resultado que elas podem alcançar seja no trabalho ou em um jogo. Certas circunstâncias em que se encaixam esses incentivos são diferentes para pessoas diferentes, mas incentivos sempre existem. Algumas personalidades querem ganhar o reconhecimento de outras pessoas a quem elas respeitam, outras querem conseguir um sorriso ou uma palavra de reconhecimento pelo seu esforço. E ainda existem pessoas que são capazes de avaliar e se beneficiar dos objetivos alcançados por conta própria. No entanto, a sensação de satisfação que as pessoas conseguem está sempre presente. É claro, o fator mais difundido, que usamos para satisfazer a nossa necessidade de "motivação" - é dinheiro (bônus, prêmios, ausência de sanções, promoções, etc.).

Infelizmente, em nosso "mercado de transição", a maioria dos líderes pensa que isso é o mais importante e deve satisfazer as necessidades de motivação dos funcionários. Os empregadores normalmente costumam dizer ou considerar: "Se você quer motivação, você tem que merecê-la". A ideia é a seguinte: "faça a empresa ganhar mais dinheiro e você ganhará uma porcentagem como reconhecimento pelo seu esforço". Muitas vezes, essa ideia tem uma produtividade pequena no plano de curto prazo, mas se torna super eficiente no longo prazo e para os funcionários mais produtivos.

A necessidade de pertencer a alguma coisa é também uma poderosa força motriz na nossa vida. Toda pessoa se esforça para ser parte de algo grande e maior do que ela. Nesse esforço, muitas vezes, nós vamos para a religião, para clubes ou times esportivos, nossos passatempos, amigos da universidade ou do colégio e, é claro, temos a nossa família e os parentes. As empresas, que entenderam e implementaram esse importante incentivo, sabem que as pessoas no trabalho formam o grupo em nossa vida que ocupa mais tempo do que todos os outros grupos juntos. Se o trabalho dá a sensação de valor e de pertencer, então a nossa vida se torna mais completa e satisfatória.

As empresas de sucesso no mercado competitivo entendem que os funcionários que regularmente atingem o sucesso e se sentem como pertencendo a alguma coisa (a empresa) tomam decisões melhores, fazem melhor o seu trabalho, e obtém melhores resultados, do que os funcionários que não satisfazem esse "motivo" na empresa. Se a empresa não fornece tipos de comportamento que satisfazem os motivos e as necessidades dos seus funcionários, então eles muitas vezes escolhem uma maneira destrutiva para a empresa e para eles mesmos. Eles se esforçam para sentir o seu valor e de pertencer. Se a empresa falha em criar comportamentos motivadores positivos na atividade diária regular, então os hábitos vindos do mercado anterior começam a predominar.

Para sentir o seu valor, os nossos funcionários irão sabotar, roubar, entrar para o grupo de "lamentadores" ou vão parar de manter as suas responsabilidades e farão o mínimo possível. A maioria dessas alternativas são peculiares ao mercado ucraniano e são os sintomas das empresas que ainda não aprenderam a satisfazer as necessidades básicas da motivação dos seus funcionários. Além da desvantagem de satisfazer a motivação positiva, mencionado acima, podemos acrescentar que, hoje, muitos de nossos líderes usam comportamentos comuns do mercado anterior que, de fato, aumenta o dano e leva à desmotivação dos funcionários. Esses hábitos desmotivadores penetram profundamente e são muito destrutivos.

Interações cruéis, abusos pessoais, sistema de sanções, críticas em público, tarefas difíceis sem recursos e sem autoridade, padrões e promessas não cumpridas - esses são apenas alguns comportamentos desmotivadores que, muitas vezes, são enfrentados em nossas empresas. Se quisermos criar empresas produtivas, que serão competitivas no mercado aberto de hoje, temos que entender os princípios do negócio das empresas altamente competitivas e ter certeza de que usamos comportamentos motivacionais, que levam em consideração as necessidades humanas para o sucesso e de pertencer.

Essas são ideias fundamentais que tornam melhor as melhores empresas. Elas entendem que funcionários felizes, bem-sucedidos, envolvidos e apreciados, com dignidade ganham dinheiro para a empresa. Naturalmente, não é só isso. Muitas outras habilidades e disciplinas importantes são peculiares às melhores empresas, que são componentes do sucesso delas, mas os comportamentos motivacionais positivos são o ponto de partida.

Frank Pucelik é presidente do Pucelik Consulting Group e um dos criadores da PNL.

O artigo original: 'What Defines Term 'Motivation'

Tradução JVF, direitos da tradução reservados.